PROFESSOR, VOCÊ PRODUZ AULAS AUTORAIS?

Um dos grandes geradores de muitos questionamentos, eu diria impasses entre, EAD e educação presencial – seja em sala de aula ou no presencial pela rede são as aulas assíncronas.

Fato é que as aulas assíncronas possuem muitas vantagens no processo de ensino/aprendizagem, sobretudo quando os professores produzem aulas autorais…

Sim, a chave está nas aulas autorais.

As aulas autorais navegam por entre a filosofia e a educação, em prol da consciência crítica…

Aulas autorais valorizam acontecimento sígnico, efetivo, na vida das pessoas, ao transformar informação em conhecimento . 

Porque estabelece vínculo, contexto, reconhecimento, ativo essencial na edificação de vida autogovernativa.

O processo de ensino/aprendizagem calcado exclusivamente no conteúdo é falho, porque quando o foco está somente na apreensão do conteúdo incorre-se na ausência da aprendizagem contextual, efetiva para a vida.

Aulas conteudísticas muitas vezes se torna aquele blá, blá, blá, que muitas vezes o aluno não entende nada – só decora, como Paulo freire nos adverte.

Cuidado com blá, blá, blá!!!

Fato é que há ausência de aulas autorais, quando a educação se restringe em aulas conteudísticas. Explico:

Aulas autorais são acontecimentos de se pensar em voz alta, de se experienciar a vida pela estética dos sentidos, é um estado peculiar da educação crítica.

Pelas aulas autorais, sejam estas presenciais, pela rede, assíncronas, nós professoras e professores, nos colocamos diante de nossos alunos e alunas transpondo os famigerados conteúdos, que aqui vamos compreender como informações para articulação de saberes.

Esta transformação de informação para o saber, ou seja, para o conhecer – o reconhecer plenamente é que coloca em xeque, a arte do magistério, da arte/educação….

De todas as estratégias existentes, se circunscreve a mediação educativa na articulação da reflexão vívida em que nós professoras e professores, em diálogo com autores, com diversos acontecimentos possíveis no contexto da vida de nossos alunos e alunas, enlaçamos ações propositivas de ordem teórico-práticas…

Neste acontecimento autoral, em consonância com nossos alunos e alunas, repito, nós professores amestramos o processo dialógico da construção do conhecimento, do se reconhecer naquele contexto, num incrível ato criativo, histórico-cultural de acontecimento autoral, reflexivo…

Assim, aquela reflexão, aqueles dizeres singulares para aquele processo/momento, com nossas alunas e alunos caminhando conosco, em tessitura singular, cuja trama constroem sua própria jornada na edificação, do conhecimento pessoal, sígnico, em que se aflora daquele universo até então obscuro.

A emancipação do pensamento que vai se tornando autônomo até a construção do conhecimento singular, que perfaz seu próprio reconhecimento identitário.

Assim, edificar conhecimento significativo é processo de construção ontológica do ser.

Mas não é mágica, é peculiaridade educativa: momento de emancipação de nossos alunos e alunas, que perfaz a formação do ser diante dos processos educativos, frente a entrega plena de nossos alunos e alunas nas aulas autorais.

Entrega neste paradigma não é submissão, é comunhão.

Comunhão advém do conceito de união de ideias, cuja união se constitui pela integração das diferenças identitárias, distante da aceitação pacífica de imposições de falas meramente conteudísticas.

Nas aulas autorais, a aula é palco – é cena – LUZ-CÂMERA-AÇÃO!

É território de saberes, é altar de construção de conhecimento, por isto mesmo de edificação de vidas…

Pela maestria docente, no processo de aulas reflexivas autorais, os alunos e alunas são convidados para envolvimento neste processo, em que se tornam autores da semeadura, que germina frutos por toda sua vida.

Frutos da terra firme do conhecer, do reconhecer, do saber, daquilo que acaba de aprender…

Esta ação intelectualmente empírica do educar no palco da aula/vida, ocorre no campo empírico da arte.

Por isto há aqueles que remetem à docência vocação.

Será que consegui desenhar para as autoridades e para aqueles que pouco valorizam professores e professoras, seja de qual for o nível educacional, a natureza docente em prol da vida plena, ou seja, do desenvolvimento da consciência crítica, autogovernativa, que se edifica em sala de aula?

Se eu aqui, agora pudesse expressar uma imagem, seria aquela que vejo em pessoas, inseguras, com medo, sobre bicicleta, sobre skate, sobre patins, ou na água, balbuciando seus insights iniciais de um determinado conhecimento, seja na matemática, no inglês, nas artes, nas ciências…

São tantos os conhecimentos para a vida, em que as pessoas sob a maestria de seus educadores, num dado momento, experienciam a independência de seguirem sozinhos…

Nesta maestria se perfaz a educação da autonomia, mediada pelo processo dialógico autoral, em que a professora, o professor, promove aos discentes o salto da consciência autogovernativa pela educação plena, tempero ímpar que somente nós educadoras e educadores podemos edificar.

Valorize a educação.

Valorize a arte. Valorize a edificação da cultura de um povo.

Valorize sua professora, valorize seu professor.

Valorize professores e professoras.

Este vídeo, que enaltece a importância das aulas autorais, seja em aulas presenciais, seja em aulas online, aulas assíncronas, vem como homenagem e agradecimento a todos os professores que formam cada uma de todas as pessoas deste planeta.

Compartilhe este conteúdo/vídeo ao professor, a professora, que você queira homenagear…
Beijo no coração e até a próxima!